Pacientes e acompanhantes que foram a algumas unidades de saúde públicas de Goiânia e Aparecida de Goiânia, nesta quarta-feira (29), relataram horas de espera para conseguirem ser atendidos e demonstraram desespero diante da situação. Alguns relataram que ficaram mais de 8 horas horas aguardando. Imagens mostram salas de espera cheias de pacientes.
As secretarias municipais de saúde das duas cidades reconheceram que houve aumento da demanda de atendimentos: muitas pessoas principalmente com sintomas de gripe, dengue ou Covid-19.
Na capital, a pasta disse que as escalas estão completas, mas que lida com troca de funcionários. Já Aparecida anunciou que vai abrir as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para atendimentos sem agendamento (por livre demanda).
No Cais de Campinas uma mãe informou que não tem agulhas para vacinar as crianças. “Eu só vim vacinar o meu filho, mas não tem agulha” contou Fernanda.
Além da falta de profissionais, existe também o descaso com a população de alguns que estão prestando o serviço à comunidade. Segundo o marido de uma mulher que aguardava por atendimento a funcionaria estava sentada.
“Ela falou pra mim que estava trabalhando igual uma louca lá dentro e ela estava lá do outro lado sentada, eu vi ela lá e falar pra mim que está trabalhando igual uma louca. Agora ela veio atender minha mulher e falar mal de mim ainda, pelo amor de Deus, isso é um descaso “afirmou o acompanhante.
As imagens nos hospitais da rede pública de Goiânia são de pessoas doentes, deitas no chão pelos corredores enquanto aguardam atendimento médico, descaso e vergonha total com a saúde fornecida aos goianos.