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Césio 137: maior acidente radiológico da história aconteceu em Goiás e afetou mais de mil pessoas; relembre

Goiânia, 13 de setembro de 1987. Dois catadores de recicláveis retiraram e desmontaram parte de um aparelho de uma clínica abandonada. O objeto foi vendido a um ferro-velho, onde mais pessoas terminaram de desmontá-lo.

Dentro do cabeçote de chumbo do aparelho, os trabalhadores encontraram uma cápsula com 19 gramas de um pó que ficava esbranquiçado de dia e brilhante de noite. A substância radioativa, chamada Césio-137, espalhou-se pela cidade, ocasionou quatro mortes e deixou mais de mil pessoas afetadas pela radiação. Foi o maior acidente radiológico da história acontecido fora de uma usina nuclear.

Quase 40 anos depois, a substância radioativa volta agora a ser assunto no país, quando a Polícia Civil de Minas Gerais passou a investigar o furto de duas fontes de Césio-137 que desapareceram em 29 de junho de uma mineradora em Nazareno (MG).

O caso também é investigado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Órgãos explicam que as fontes são protegidas por camadas de aço, mas o manuseio inadequado pode causar risco à saúde..

O risco de contaminação em Goiânia foi praticamente extinto. Hoje, o nível de radiação da cidade é considerado dentro dos padrões normais.

Cerca de 6 mil toneladas de lixo radioativo foram recolhidas na capital goiana após o acidente. Todo esse material com suspeita de contaminação foi levado à unidade do Cnen em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana, onde foi enterrado em duas enormes caixas de concreto.

Passadas mais de três décadas, os resíduos já perderam metade da radiação. No entanto, o risco completo de radiação só deve desaparecer em pelo menos 200 anos.

VIA PORTAL G1 GOIÁS

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