O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), anunciou, nesta terça-feira (7), uma série de medidas voltadas à revisão de atestados médicos e licenças na Secretaria Municipal de Educação. Segundo Mabel, mais de 6 mil servidores da Educação municipal estão afastados por licenças médicas, enquanto 2 mil atuam com desvio de função.
A crítica do prefeito, que tomou posse recentemente, é que parte desses servidores continuam desempenhando atividades em outros órgãos ou no setor privado durante o período de afastamento das salas de aula municipais. Em resposta, Mabel anunciou que está cruzando as folhas de pagamento do Estado e do município para identificar possíveis irregularidades.
De acordo com Sandro Mabel, a administração municipal já iniciou o cruzamento das folhas de pagamento de servidores do governo estadual e do município. O objetivo é verificar se há servidores que estão licenciados da prefeitura, mas continuam exercendo funções em outros locais, seja na Secretaria de Estado da Educação (Seduc) ou na iniciativa privada.
“Começamos a cruzar as folhas de pagamento do Estado e do município para identificar quem está afastado do município, mas segue trabalhando em outro lugar”, afirmou o prefeito, destacando a necessidade de ética e responsabilidade nos serviços públicos.
Mabel prometeu rigor na apuração e afirmou que qualquer irregularidade identificada será tratada com firmeza. A ação mira, especialmente, funcionários que estejam burlando suas condições de afastamento.
Em sua ação inicial, o prefeito publicou, no Diário Oficial do Município (DOM) desta segunda-feira (6), um decreto com o extrato dos contratos por tempo determinado válidos para servidores da Educação municipal. O objetivo da medida é proporcionar maior transparência sobre a situação dos colaboradores da pasta, facilitando o processo de revisão.
“Quem estiver doente vai receber tratamento, quem não der conta de trabalhar nós vamos aposentar. Agora, ficar fazendo de conta que trabalha, isso não dá. Essa revisão vai ser feita em todas as áreas da prefeitura”, afirmou Mabel, justificando a necessidade de uma gestão mais eficiente e comprometida com o serviço público.
O prefeito também apontou situações que considera inaceitáveis em outras áreas da administração municipal. Ele chegou a citar casos específicos, como o de uma servidora de um posto de saúde que, segundo ele, apenas bate ponto e recebe um salário de R$ 27 mil.
“Vi servidora de um posto de saúde que só passa para bater ponto e ganhar R$ 27 mil. Isso é inadmissível e vamos resolver. O serviço público precisa ser tratado com seriedade, e os verdadeiros servidores não podem ser prejudicados por quem não cumpre suas responsabilidades”, declarou Sandro Mabel.
FONTE; G5 NEWS