A fabricante de aeronaves Embraer anunciou que sua subsidiária Eve começará a operar em 8 de novembro uma rota de helicópteros no Rio de Janeiro que custará R$ 99 por passageiro. A ideia é testar como seria a operação de “carros voadores”, como são conhecidos os eVTOLs.
O veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL, na sigla em inglês) é uma aeronave que lembra um helicóptero, mas que faz menos barulho e usa mais hélices para voar. A Eve promete entregar seu eVTOL em 2026.
Em seus testes, a empresa fará voos com helicópteros da Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). A operação, chamada de simulado de Mobilidade Aérea Urbana (UAM), terá seis voos diários e permanecerá ativa durante um mês.
Segundo a Eve, a passagem será mais barata que a de um serviço de helicóptero convencional.
O preço de R$ 99 por passageiro é próximo ao que a empresa imagina para uma futura operação com eVTOLs.
“A simulação no Rio de Janeiro, uma das cidades com mais congestionamento no Brasil e no mundo, nos ajudará a levantar as reais necessidades dos usuários, parceiros e comunidade que irão se beneficiar das nossas soluções de mobilidade”, disse o CEO da Eve, André Stein.
As passagens para as viagens da Eve de helicópteros poderão ser compradas no site e no aplicativo da plataforma de voos sob demanda Flapper. As aeronaves serão operadas pela empresa de táxi aéreo Helisul.
Em setembro, Luiz Carlos Munhoz da Rocha, diretor comercial da Helisul, afirmou ao g1, que os testes servirão para avaliar fatores como rotas, tempo e preço do futuro serviço de eVTOLs. Segundo eles, as empresas querem entender qual seria a aceitação dos “carros voadores” no mercado brasileiro.
“Nós vamos fazer o primeiro piloto dessa operação, nossa prova de conceito”, adiantou Rocha. “Vamos operar com um helicóptero nosso com o mesmo porte do eVTOL que está sendo construído pela Embraer”.
A empresa de atendimento aeroportuário Universal Aviation será responsável pela operação de solo, enquanto a concessionária RIOgaleão, responsável pelo aeroporto, e o Centro Empresarial Mario Henrique Simonsen, na Barra da Tijuca, serão parceiros como pontos de origem e destino.
Segundo a Eve, o período de testes também será acompanhado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).
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