Uma empresa fantasma, segundo a Polícia Civil, foi criada no Rio Grande do Sul apenas para vencer uma licitação fraudulenta, e prestar serviços com preços bem acima dos praticados pelo mercado à Saneago. Em operação desencadeada nesta terça-feira (14), seis servidores efetivos da empresa de saneamento foram afastados de suas funções, e a justiça determinou o bloqueio de R$ 6,4 milhões em bens dos investigados.
Além do afastamento dos seis servidores, entre eles uma mulher que exercia o cargo de direção da Saneago, e que já havia sido retirada do cargo em uma primeira operação, desencadeada em 2021, a Polícia Civil também cumpriu hoje 37 mandados de busca e apreensão em Goiás, Rio Grande do Sul, e no Distrito Federal. “Estamos juntando documentos e outros materiais que ajudarão a comprovar as fraudes, e também que nos darão a dimensão do valor que foi pago a mais pelos produtos vendidos e serviços prestados”, declarou o delegado Danilo Victor, adjunto da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor).
Segundo o policial, a empresa que em 2020 ganhou uma licitação dirigida para realizar serviços à Saneago, é fantasma, e foi criada somente para lesar o erário público. “Além de já termos comprovado a fraude na licitação, que foi direcionada, a Controladoria Geral do Estado também constatou que os serviços prestados por esta empresa, e materiais fornecidos à Saneago por eles, estão todos com sobrepreço”, pontuou.
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