A Polícia Federal afirma ter encontrado uma mulher em situação análoga à de escravidão na casa do desembargador Jorge Luiz de Borba, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, nesta terça-feira (6). Ele é suspeito de manter a trabalhadora nessas condições por ao menos 20 anos. Em nota, ele disse que a mulher era considerada membro da família e negou qualquer crime.
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou a operação de busca e apreensão pela PF na casa do desembargador, no bairro Itacorubi, em Florianópolis. O magistrado e sua esposa são suspeitos de submeter a mulher a trabalho forçado, jornadas exaustivas e condições degradantes.
A reportagem tentou contato por telefone nesta quarta-feira (7) com o desembargador em seu gabinete, mas o secretário jurídico, Roberto Ferro Borini, disse que Borba não tem nada a declarar sobre esse assunto. Procurado, o TJ não informou o nome do advogado de defesa do magistrado.
Em nota enviada à imprensa, o desembargador afirma que a mulher era “como um membro da família”. “Trata-se de alguém que passou a conviver conosco, como membro da família, residindo em nossa casa há mais de 30 anos, tendo recebido sempre tratamento igual ao dado aos nossos filhos.”
O MPF (Ministério Público Federal) apura “indícios da prática criminosa”, que foi relatada ao órgão e confirmada por testemunhas ouvidas no decorrer da fase inicial da apuração.
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