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PF apura elo entre empresa sediada em Goiânia e gastos de Michelle Bolsonaro

A Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de um ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) para investigar transações entre ele e uma empresa com contratos do governo federal, um deles custeado com dinheiro de emenda parlamentar.

A empresa é a Cedro Libano Comércio de Madeira e Materiais de Construção, sediada em Goiânia.

As solicitações da PF têm como base as mensagens de Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro e chefe da Ajudância de Ordens da Presidência, encontradas a partir da quebra do seu sigilo telemático na investigação relatada por Moraes sobre o vazamento do inquérito sigilo do ataque hacker ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Ao analisar o material, os investigadores encontraram indícios de transações suspeitas entre Luis Marcos dos Reis, ajudante de ordens do ex-presidente, e a Cedro Libano.

Luis dos Reis foi um dos presos no último dia 3 de maio na operação Venire, que investiga a inserção fraudulenta de dados no sistema de vacinação do Ministério da Saúde.

Segundo a PF, o Portal da Transparência mostra que, de 2020 a 2022, durante o governo Bolsonaro, a Cedro Líbano recebeu recursos federais por meio de contratos com a Universidade Federal do Espírito Santo, Instituto Federal de Tocantins e Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba).

A análise da Polícia Federal nas contas de Luís Marcos dos Reis mostra várias transações entre ele e a empresa ou pessoas vinculadas a ela. Dos Reis aparece recebendo e enviado valores para a empresa e para uma de suas sócias de 2019 a 2022.

Ele também manteve transações como o pai de uma das sócias da empresa. “A soma das transações a crédito para a conta de Luís Marcos dos Réus é R$ 101 mi. As transações com débito da conta do investigado totalizaram R$ 69 mil”, diz a PF ao apontar um saldo de R$ 32 mil positivo para o assessor de Bolsonaro nas transações com a empresa.

De acordo com os investigadores, até o fim do ano passado ainda não havia sido possível identificar vínculo formal ou informal entre o ajudante de ordens e a empresa para justificar a movimentação financeira identificada.

 

VIA PORTAL MAIS GOIAS

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