O médico Farley Vinícius Alencar de Alcântara é alvo da Polícia Federal na operação que apuraum suposto esquema de fraude em dados de vacinação envolvendo ajudantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O médico é suspeito de ter fraudado o cartão de vacina de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Nossa equipe não conseguiu localizar a defesa do médico para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Em suas redes sociais, Farley conta que se formou pela faculdade de Medicina de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Segundo o prefeito de Cabeceiras, Farley havia trabalhado por credenciamento no município em 2018 e depois retornou como plantonista, clínico geral do hospital municipal da cidade. A prefeitura afirma que o médico prestou serviços ao município até o mês de dezembro de 2021.
Nossa equipe questionou a Prefeitura de Goiânia sobre a atuação do médico no município, uma vez que a edição do dia 15 de agosto de 2018 do Diário Oficial do Município diz que o médico havia iniciado um contrato de médico de urgência e emergência com o valor de R$ 84 mil. Segundo o documento, o contrato seria válido até agosto de 2019.
Em seu perfil do Instagram, Farley ainda informa que fez sua residência médica em oftalmologia no Hospital de Base, no Distrito Federal, e diz ser especialista em catarata, a doença doença capaz de deixar a visão embaçada e ofuscada, “caracterizada pela opacidade lenta e gradativa do cristalino”.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o médico possui inscrição para atuar nos estados de Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Distrito Federal. No entanto, no sistema do CFM a situação dele só aparece como regular nos dois primeiros estados.
VIA PORTAL G1 GOIÁS